28 de dez. de 2009

Avatar (2009)

A capacidade que o cinema tem de nos surpreender é infinita, é algo que jamais deixaremos de sentir ao estarmos confinados na querida sala escura. Foram 12 anos sem vermos absolutamente nada novo de James Cameron na grande tela e é óbvio que a espera valeu muito a pena. É notável que cada segundo de Avatar é feito com uma dedicação extrema. O universo criado por Cameron é algo que não queremos parar de sempre receber mais informações de uma cultura nova. A criação de Pandora foi uma das coisas mais geniais criadas especialmente para o cinema que eu vi nesta década. Não há livros como fontes, nem lendas ou tudo aquilo que alimenta o a fantasia cinematográfica. É apenas a brilhante e ilimitada mente de James Cameron.

Na trama Jake Sully (Sam Worthington) ficou paraplégico após um combate na Terra. Ele é escolhido para participar do programa Avatar para substituir ao seu irmão gêmeo que foi morto. Jake viaja a Pandora, uma lua extraterrestre, onde encontra diversas, estranhas e lindas formas de vida nativas. O local é o lar dos Na'Vi, seres humanóides que possuem maior capacidade física que os humanos. Os humanos desejam explorar a lua para encontrar um metal valiosíssimo, o que faz com que os Na'Vi aperfeiçoem suas habilidades de defesa.

Incapazes de respirar o ar de Pandora, os humanos criam seres híbridos chamados de Avatar. Eles são controlados por seres humanos, através de uma tecnologia que permite que seus pensamentos sejam aplicados no corpo do Avatar. Assim Jake pode novamente voltar à andar com seu Avatar percorrendo as florestas de Pandora. Numa arriscada missão ele se perde e é deixado para trás na floresta e conhece Neytiri (Zoe Saldana), uma feroz Na'Vi que conhece acidentalmente e que serve de guia para sua ambientação na civilização alienígena.

Avatar é muito além de um mero filme de fantasia. É talvez a produção milionária mais brilhante dos últimos anos. Porque o que importa ali não são os efeitos 3D, claro que isso deixa nossos olhos cheios d’água e nossa boca com um sorriso de orelha a orelha, mas os efeitos são apenas uma válvula de escape, porém necessários para contar uma estória tão rica em detalhes. Cameron não se esqueceu de valorizar – e muito – as expressões dos Na’vi. Tão real, tão fantástico e tão lindo. O resultado no final é um filme palpável, que nos deixa extasiados, causa uma overdose repentina logo quando a narração de Jake é ouvida no início da projeção.

Qualquer elogio a Avatar não é exagero. Quem vai ao cinema pra ver um filminho de ação, quebra a cara para o bem. Entretanto, é necessário se entregar ao filme. Deixar que ele carregue você, permitir-se entrar em Pandora sem hesitação. É necessário sentir. A exaltação vem apenas no início o que vem depois é a apreciação. Nada cansa neste filme, a longa duração torna-se relativamente curta quando o filme acaba e não é nem preciso dizer que a vontade que dar é você ir à bilheteria e compra o ingresso pra próxima sessão.

Mesmo que seja algo que você esteja certo que é uma fantasia JC torna aquilo real. Você imagina que todos os acontecimentos, todos aqueles seres e todo aquele lugar seja real. E Cameron acerta no fato de forçar as pessoas a usarem a imaginação. Se bem que não é nem preciso forçar nada, tudo acontece naturalmente. Ele se importou com absolutamente todos os pontos da estória e ficou atento em não deixar furos no roteiro. Sacou que a maior preocupação do homem em nossa sociedade atual é a exploração e jogou isso em Avatar. Foi preciso criar um personagem desconhecedor assim com o espectador, para que toda mitologia jogada para quem assiste não soe como um material forçado. Jake que é o desconhecedor, ele fica boquiaberto como nós ao ver as florestas de Pandora que, não importa para onde você olhe, há vida em cada folha e gotas d’águas.

Há verdade ali, em cada segundo. Você se surpreende ao ver que nem sempre os bonzinhos ganham na guerra e mesmo que ganhem as cicatrizes são profundas. As reviravoltas causam um arrepio involuntário em todo o corpo e aí está a característica mais marcante de Avatar: é um filme completo, que causa todos os tipos de emoções em menos de três horas. E receber uma carga gigantesca de diferentes sentimentos causa realmente uma overdose. Entretanto, o sentimento que prevalece no final é a euforia, a saída da cinema é saltitante e você nem se sente reprimindo por isso, porque todos ficam saltitando mesmo.


Avatar
(Avatar, EUA, 2009)
Direção: James Cameron Roteiro: James Cameron Elenco: Sam Worthington, Zöe Saldana, Sigourney Weaver, Stephen Lang, Michelle Rodriguez, Giovanni Ribisi, Joel David Moore, C.C.H. Pounder, Wes Studi, Laz Alonso, Dileep Rao, Matt Gerald, Sean Anthony Moran, Jason Whyte, Scott Lawrence. Fantasia/Ação/Aventura. 166 min.

8 comentários:

  1. Seja lá qual tenha sido o problema a google solucionou e eu estpu feliz por isso! (:

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  2. Parabéns pelo post! Concordo totalmente! Elogios nunca é exagero! Efeitos belíssimos, mas que são apenas numa grande obra dessa, uma parte, uma vez que a criação de Pandora, foi genial!

    Grande marco da década presente e futura!

    E nós vivenciamos isso, olha que prestigio! Viajamos a Pandora!

    Abraço

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  3. O que mais me impressionou neste filme foi o seu visual arrebatador. Ele dá a prova de que James Cameron é um diretor totalmente visionário. Porque ele visualiza as coisas mais loucas e encontra a tecnologia necessária para colocar suas ideias em prática. Ver isso, na tela grande, é sensacional!

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  4. O Blogger voltou, né? Hehehe.
    Também acho que "Avatar" é um filme completo em todos os sentidos. Tem a melhor produção técnica do ano (algo já esperado), acerta com uma história emocionante e tem performances mais que dignas. Um total acerto!

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  5. Acho "Avatar" uma espécie de milagre cinematográfico. Do tipo de experiência a qual nunca achei fosse ser possível.

    5 estrelas, obviamente.

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  6. Simplesmente FASCINANTE! Me conquistou, é um clássico, para mim!

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  7. Ricardo, é de fato um grande marco da década presente e futura.

    Kamila, o visual é impressionante. Acho que Cameron tem uma visão do futuro, sempre colaborando para a evolução do cinema.

    Vinícius, pois é, parece que está tudo normal agora, kkkk. Eu confesso que não esperava uma estória tão arrebatadora e empolgante, mas toda a perfeição da parte visual já era esperado por mim (e acredito que por todos).

    Wally, é realmente um milagre na grande tela.

    Robson, é um cinema que muito gostoso de se ver, não só pela perfeita parte visual, mas a forma com a estória foi contada, totalmente envolvente.

    Abraço a todos!

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  8. É uma pena que tenha acabado, fico até meio feliz com uma possível sequencia (mesmo sabendo que provavelmente será de qualidade inferior) só para poder reviver novamente os momentos em Pandora...

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