23 de jun. de 2011

A Garota da Capa Vermelha (2011)

Red Riding Hood, EUA, Canadá
Olhe bem para a foto acima. Olhou? Pois bem. É só isso que Amanda Seyfried faz durante todos os quase intermináveis 100 minutos de A Garota da Capa Vermelha: abre a boca, e arregala mais os olhos (ou será que os olhos delas já são assim?). Enfim, essa atuação estúpida faz os 100 minutos parecerem 100 horas.



É inevitável não se lembrar da Saga Crepúsculo quando adentramos na trama do fraquíssimo A Garota da Capa Vermelha. O primeiro de tudo, o espectador já faz essa comparação quando ver o nome de Catherine Hardwicke nos créditos e na própria divulgação do filme faz questão de informar os desatentos que trata-se de um filme "da mesma diretora de Crepúsculo". Apesar de ser fraco o longa que abriu a franquia nos cinemas é o mais ok até agora.

Esquecendo as comparações, A Garota da Capa Vermelha busca o mesmo público. Hardwicke segue o mesmo percurso de uma trama óbvia e obsoleta. A garota pressionada pelos pais dividida entre o seu amor e o jovem a quem foi prometida. No meio da trama surge um lobisomem para retirar a paz de um vilarejo. Vocês podem imaginar a quem o lobisomem deseja, não é? Acertaram.

Essa roupagem mais adulta da clássica história da Chapeuzinho Vermelho não funciona. O roteiro está repleto de personagens mal estruturados e um deles é o incoerente personagem de Gary Oldman que parece deslocado na trama; com justificativas surrealistas para os seus atos, fazendo o espectador não acreditar naquele que está na tela e nem o no resto da projeção. Hardwicke não consegue convencer ninguém. Roupagem mais adulta não seria o termo correto. As referências à história original estão ali, mas não influenciam a trama de forma significativa.

Hardwicke faz questão de tornar os obstáculos colocados na frente da personagem principal mais piegas do que já são. Todo o joguinho de suspense, meio que forçando o espectador a especular quem é o vilão da história é enfadonho. O ritmo de A Garota da Capa Vermelha é lento, quase parando. As atuações estúpidas pioram a sessão. O que irrita mais é o horror como plano de fundo para um romance.

É bom o espectador está acostumado a não se incomodar com conclusões que jogam na sua cara todas as razões para os atos do antagonista. O engraçado é que chegamos a pensar que nada pode piorar. Aparecem heróis-adolescentes-inexpressivos, junto com mocinha-apaixonada-louca-indecisa-exagerada. Se você tiver um bom senso de humor vai rir muito com o último ato. O melhor é sentar e esperar a melhor parte do filme: os créditos

█ De Catherine Hardwicke, com Amanda Seyfried, Gary Oldman, Billy Burke, Julie Christie. 100 min.

7 comentários:

  1. Essa mina com boca de bolagato e olho de sapo ...
    E todos deveriam ganhar um prêmio por ter visto esse filme inteiro ... mó ruinzão ...

    Abraços champeis!

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  2. Péssimo, horrível, pavoroso! Forte candidato a pior filme do ano!

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  3. Ai que vergonha! Ainda bem que passei longe desse. Achei muito Crepúsculo Feelings.

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  4. Hahaha! Ai, ri bastante das composições de cena da diretora, com uns movimentos de câmera tão bregas e sem sentido que só fizeram jus a tantos personagens mal desenvolvidos. E olha que eu achei interessante o resquício de ideia que o filme propunha. Pois é, nada como ser iludido por trailers.

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  5. Vendo apenas o trailer já se percebe que é um filme voltado para o público adolescente.

    Estou linkando seu endereço no meu blog.

    Abraço

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  6. Engraçado é que criei uma expectativa para ver esse filme. Oh decepção...

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